Bishop Williamson wrote in his
Eleison Comment #438: “If the evidence for eucharistic miracles taking place
within the Novus Ordo Church (see EC
436 and 437) is as serious as it seems, then Catholics must conform their minds
to the mind of God, and not the other way round.”
Many attacked Bishop Williamson
because of his comments regarding the possible Eucharistic miracle which took place
in Buenos Aires. Among the arguments used, I cite the following:
1. Outside the Church there can be no miracles. The
conciliar church is not the Catholic Church. Therefore, there was no miracle in
Buenos Aires.
2. No one acts without a purpose. The miracle in the New
Mass could have no other purpose than to induce the faithful to attend the New
Mass; therefore, there was no miracle in Buenos Aires.
3. A miracle is an approval from God. God cannot approve
of heresy. The New Mass favors heresy;
therefore, there was no miracle in Buenos Aires.
Let’s look at each of these arguments.
The first argument oversimplifies the matter, and in simplifying it,
confuses two separate questions. One of these is to know whether or not there
can be miracles outside of the Catholic Church. The other is knowing whether or not the conciliar church is completely seperate to the Catholic Church.
1. The first argument must be answered with the response of St. Thomas
Aquinas which is yes. Miracles can happen “outside the Catholic Church” under
certain conditions. See the articles of Prof. Carlos Nogué in this regard. What
God does not do is confirm the errors or vice with this miracle, but He can
confirm the truth or a virtue with a miracle, even among pagans. If some good
work were performed by pagans, this good came about by the inspiration or acts
of God (cf. De Potentia, question VI,
article V, ad quantum). In the same article, St. Thomas says that it is
possible that God did a miracle to attest to the chastity of a pagan virgin.
One can also recall the miracle of Balaam’s mule, which spoke clearly, as is
read in the Sacred Scriptures. Nevertheless, Balaam was a pagan magician. The
mule spoke because God wanted to warn him not to make another attempt to curse
the Jews (Num XXII).
To the second question, it must be responded that the authorities of the
conciliar church constitute a modernist sect which occupies the key positions
within the Church and keeps them captive. We cannot say in an absolute manner
that the conciliar church is the Catholic Church, nor that it is not the
Catholic Church. With its Modernist doctrine and intent to destroy the Church,
it is evidently not Catholic, but by the fact of holding within its power a
jurisdiction which belongs to the Church, it does have something Catholic
within it. If the current pope converted, he would exercise catholically a
power which he today exercises modernistically.
This seems to me to be the position that Archbishop Lefebvre always held.
2. No one acts without an end. But what purpose would God have in performing
a miracle in the New Mass?
Bishop Faure has already answered this question. If Our Lord is present
in the consecrated host at the New Mass with the aggravation of this host
having been desecrated, it doesn’t seem to be absurd that God would perform a
miracle in order to indicate the seriousness of this desecration.
But, some will say, Bishop Williamson also cited an alleged miracle that
took place in Poland. The same argument must apply. Where there is the Real
Presence, a miracle can exist without having undermined the Truth.
But wouldn’t this be to approve the New Mass?
No, just like it wouldn’t approve of paganism to prove, through a
miracle, the innocence of a pagan virgin.
3. A miracle is a sign from God, and God cannot approve of heresy. But
this miracle, if it were a miracle, is not an approval of the New Rite of Mass,
but rather the Real Presence. The Sacrament received in the conciliar church
could be valid and the doctrine that accompanies it could be false. However,
they are two separate issues. One does not invalidate the other. To affirm one,
even with a miracle, is not to affirm the other, just like proving the
innocence of a pagan virgin is not an approval of paganism.
The arguments presented do not seem to be conclusive. Anyway, they
cannot be used to discredit Bishop Williamson, who remains the bishop that
opposed the suicidal policy of the accordistas, consecrated Bishop Faure,
ordained priests for the ‘resistance’, and confirmed countless faithful and in
doing so gave hope to the continuance of the good fight of Archbishop Lefebvre,
which is none other than the good fight of that Church which is One, Holy,
Catholic, Apostolic, Roman, and as St. Pius X says, persecuted.
Fr. Thomas Aquinas
Original
Dom Williamson escreveu no seu Comentário Eleison 438: “Se a evidência dos milagres ocorridos dentro da Igreja do Novus Ordo é tão séria quanto parece, então os católicos têm de conformar suas mentes à mente de Deus, e não o inverso.”
Muitos atacaram Dom Williamson por causa destes comentários a respeito do possível milagre eucarístico ocorrido em Buenos Aires. Entre os argumentos utilizados retenho os seguintes:
1- Fora da Igreja não pode haver milagres. A Igreja conciliar não é a Igreja católica. Logo não houve milagre em Buenos Aires.
2- Ninguém age sem um fim. Um milagre na Missa Nova não poderia ter outro fim senão induzir os fiéis a assistir à Missa Nova. Logo, não houve milagre em Buenos Aires.
3- O milagre é a assinatura de Deus. Deus não pode assinar uma heresia. A Missa Nova favorece a heresia. Logo, não houve milagre em Buenos Aires.
Vejamos cada um desses argumentos.
1- O primeiro simplifica em demasia a questão e simplificando-a confunde duas questões. Uma é a de saber se pode ou não haver milagres fora da Igreja. A outra é a de saber se a Igreja conciliar é totalmente alheia à Igreja católica ou não.
À primeira questão deve-se responder com santo Tomás que sim. Pode haver milagres “fora da Igreja” dentro de certas condições. Veja-se os artigos do Prof. Carlos Nougué a esse respeito. O que Deus não faz é confirmar o erro ou o vício com um milagre, mas ele pode confirmar a verdade ou a virtude com um milagre, e isto mesmo entre os pagãos. Se alguns bens foram realizados entre os pagãos, estes bens foram realizados por inspiração ou ação de Deus (cf. De Potentia, questão VI, artigo V, ad 5um). No mesmo artigo Santo Tomás diz ser possível que Deus tenha feito um milagre para atestar a castidade de uma virgem pagã. Pode-se lembrar também o milagre da mula de Balaão que falou distintamente, como se lê nas Sagradas Escrituras. Ora, Balaão era um mago pagão. A mula falou porque Deus queria adverti-lo de que não levasse adiante seu intento de amaldiçoar os judeus (Num XXII).
À segunda pergunta deve-se responder que as autoridades da Igreja conciliar constituem uma seita modernista que, ocupando os postos-chave da Igreja, a mantêm cativa. Não se pode dizer de maneira absoluta que a Igreja conciliar seja a Igreja católica, nem que não o seja. Pela doutrina modernista e pela intenção de destruir a Igreja católica, ela não o é, evidentemente; mas pelo fato de deter em seu poder uma jurisdição que pertence à Igreja católica ela tem algo de católico em seu poder. Se o Papa atual se convertesse, exerceria catolicamente um poder que hoje ele exerce modernisticamente.
Esta parece-me ter sido a posição que Dom Lefebvre sempre adotou.
2- Ninguém age sem um fim. Mas que fim Deus poderia ter fazendo um milagre na Missa Nova?
Dom Faure já respondeu a esta pergunta. Se Nosso Senhor está presente na hóstia consagrada numa Missa Nova com o agravante de esta hóstia ter sido profanada, não parece absurdo que Deus faça um milagre para indicar a gravidade desta profanação.
Mas, dirão alguns, Dom Williamson citou também um suposto milagre ocorrido na Polônia. O mesmo raciocínio se impõe. Onde há presença real, pode haver milagre sem se faltar à verdade.
Mas não seria isso aprovar a Missa Nova?
Não, assim como não é aprovar o paganismo demostrar, através de um milagre, a inocência de uma virgem pagã.
3- O milagre é uma assinatura de Deus, e Deus não pode assinar uma heresia. Mas este milagre, se milagre houve, não é uma assinatura do novo rito da missa, mas sim da presença real. O sacramento recebido na Igreja conciliar pode ser verdadeiro e a doutrina que o acompanha pode ser falsa. Mas são duas coisas distintas. Uma não anula a outra. Afirmar um, mesmo com milagre, não é afirmar o outro, assim como provar a inocência de uma virgem pagã não é aprovar o paganismo.
Os argumentos apresentados não me parecem conclusivos Seja como for, eles não podem servir para desacreditar a Dom Williamson, que permanece o Bispo que se opôs à política suicida dos acordistas e que sagrou Dom Faure, ordenou padres para a Resistência, confirmou inúmeros fiéis, dando assim a todos a esperança de continuar o bom combate de Dom Lefebvre, o qual não é outro senão o bom combate da Santa Igreja una, católica, apostólica e romana e, como dizia São Pio X, perseguida.
Ir. Tomás de Aquino O.S.B
Muitos atacaram Dom Williamson por causa destes comentários a respeito do possível milagre eucarístico ocorrido em Buenos Aires. Entre os argumentos utilizados retenho os seguintes:
1- Fora da Igreja não pode haver milagres. A Igreja conciliar não é a Igreja católica. Logo não houve milagre em Buenos Aires.
2- Ninguém age sem um fim. Um milagre na Missa Nova não poderia ter outro fim senão induzir os fiéis a assistir à Missa Nova. Logo, não houve milagre em Buenos Aires.
3- O milagre é a assinatura de Deus. Deus não pode assinar uma heresia. A Missa Nova favorece a heresia. Logo, não houve milagre em Buenos Aires.
Vejamos cada um desses argumentos.
1- O primeiro simplifica em demasia a questão e simplificando-a confunde duas questões. Uma é a de saber se pode ou não haver milagres fora da Igreja. A outra é a de saber se a Igreja conciliar é totalmente alheia à Igreja católica ou não.
À primeira questão deve-se responder com santo Tomás que sim. Pode haver milagres “fora da Igreja” dentro de certas condições. Veja-se os artigos do Prof. Carlos Nougué a esse respeito. O que Deus não faz é confirmar o erro ou o vício com um milagre, mas ele pode confirmar a verdade ou a virtude com um milagre, e isto mesmo entre os pagãos. Se alguns bens foram realizados entre os pagãos, estes bens foram realizados por inspiração ou ação de Deus (cf. De Potentia, questão VI, artigo V, ad 5um). No mesmo artigo Santo Tomás diz ser possível que Deus tenha feito um milagre para atestar a castidade de uma virgem pagã. Pode-se lembrar também o milagre da mula de Balaão que falou distintamente, como se lê nas Sagradas Escrituras. Ora, Balaão era um mago pagão. A mula falou porque Deus queria adverti-lo de que não levasse adiante seu intento de amaldiçoar os judeus (Num XXII).
À segunda pergunta deve-se responder que as autoridades da Igreja conciliar constituem uma seita modernista que, ocupando os postos-chave da Igreja, a mantêm cativa. Não se pode dizer de maneira absoluta que a Igreja conciliar seja a Igreja católica, nem que não o seja. Pela doutrina modernista e pela intenção de destruir a Igreja católica, ela não o é, evidentemente; mas pelo fato de deter em seu poder uma jurisdição que pertence à Igreja católica ela tem algo de católico em seu poder. Se o Papa atual se convertesse, exerceria catolicamente um poder que hoje ele exerce modernisticamente.
Esta parece-me ter sido a posição que Dom Lefebvre sempre adotou.
2- Ninguém age sem um fim. Mas que fim Deus poderia ter fazendo um milagre na Missa Nova?
Dom Faure já respondeu a esta pergunta. Se Nosso Senhor está presente na hóstia consagrada numa Missa Nova com o agravante de esta hóstia ter sido profanada, não parece absurdo que Deus faça um milagre para indicar a gravidade desta profanação.
Mas, dirão alguns, Dom Williamson citou também um suposto milagre ocorrido na Polônia. O mesmo raciocínio se impõe. Onde há presença real, pode haver milagre sem se faltar à verdade.
Mas não seria isso aprovar a Missa Nova?
Não, assim como não é aprovar o paganismo demostrar, através de um milagre, a inocência de uma virgem pagã.
3- O milagre é uma assinatura de Deus, e Deus não pode assinar uma heresia. Mas este milagre, se milagre houve, não é uma assinatura do novo rito da missa, mas sim da presença real. O sacramento recebido na Igreja conciliar pode ser verdadeiro e a doutrina que o acompanha pode ser falsa. Mas são duas coisas distintas. Uma não anula a outra. Afirmar um, mesmo com milagre, não é afirmar o outro, assim como provar a inocência de uma virgem pagã não é aprovar o paganismo.
Os argumentos apresentados não me parecem conclusivos Seja como for, eles não podem servir para desacreditar a Dom Williamson, que permanece o Bispo que se opôs à política suicida dos acordistas e que sagrou Dom Faure, ordenou padres para a Resistência, confirmou inúmeros fiéis, dando assim a todos a esperança de continuar o bom combate de Dom Lefebvre, o qual não é outro senão o bom combate da Santa Igreja una, católica, apostólica e romana e, como dizia São Pio X, perseguida.
Ir. Tomás de Aquino O.S.B