CNBB retire o apoio a esta equivocada reforma política bolivariana como apresenta no texto-base da Campanha da Fraternidade 2015
A CNBB, com o texto-base da Campanha da Fraternidade de 2015, confirma que é hoje extensão do Foro de São Paulo e, de modo especial, do PT, ao explicitar sua adesão e comprometimento com a revolução bolivariana em curso na América Latina, com uma reforma política plebiscitária, que se volta contra a democracia representativa, propondo a sovietização no Brasil.
A CF-2015 propõe a “radicalização da democracia”, corroendo-a em demagogia, pois a chamada “democracia direta” como defende, é o instrumento anárquico para subverter a ordem jurídica e propiciar a implantação do socialismo em nosso País. O alinhamento ideológico da CNBB, à esquerda e ao socialismo, como quer o Foro de São Paulo e o PT, é evidentíssimo e cada vez mais escancarado. O que antes se suspeitava, agora está mais do que comprovado. Os assessores da CNBB [intelectuais orgânicos, gramscianos], que tanto influem os bispos , sabem que paróquias e dioceses estão reféns desse “alinhamento” e de tais forças, e funcionam como tentáculos do grande polvo que se tornou a CNBB, a serviço dos interesses políticos do Foro de São Paulo e do PT.
Aos poucos, a sã doutrina moral e social da Igreja é esvaziada de seus conteúdos e substituída pela ideologia bolivariana, que quer implantar a “Pátria Grande” socialista, projeto este que vem sendo trabalhado há décadas, e agora parece ter encontrado a conjuntura política favorável para isso. Aliás, o projeto da “Pátria Grande” já é mencionado no próprio Documento de Aparecida (2007), e com a reforma política bolivariana em curso hoje no Brasil (com a conivência, cumplicidade e apoio ostensivo da CNBB), prepara o País [na tática da rã cozida lentamente] a aceitar a revolução comunista travestida de democracia, com a retórica do apelo à “democracia direta”, para a subversão total da ordem jurídica e política, com a ideologização da fé em detrimento da doutrina religiosa. Com isso, os setores católicos à esquerda e muitos que desconhecem o que está acontecendo, manipulados pela CNBB, deixam-se usar para tais fins perversos, pois os assessores da conferência episcopal brasileira sabem da capilaridade da Igreja, e pouco se importam com os efeitos dessa reengenharia social que ajudam a promover. São padres e bispos que querem o paraíso terrestre, aqui e agora, aceitam o populismo, o imanentismo e até o panteísmo, em se tratando de buscarem manter seus confortos, nos postos em que estão, e, no campo das ideias, convergir cristianismo e comunismo, mesmo sabendo que o Magistério da Igreja é categórico em condenar o socialismo e o comunismo. Mas, para Frei Betto, por exemplo,”o cristianismo é essencialmente comunista”. E então, a teologia da libertação (mais viva hoje e com mais poder) chegou aonde não devia estar, bispos e cardeais estão encantados com a nova utopia da “Pátria Grande” latino-americana. Tais prelados dão todo respaldo para reabilitar os “teólogos da libertação”, para conseguirem a revolução tão desejada por muitos, desde os anos do Vaticano II.
Não é só a reforma política sovietizada que querem no Brasil, mas em toda a Igreja. E a revolução no continente latino-americano é hoje expressão da obsessão bolivariana, insuflada pela teologia da libertação, para alcançarem os propósitos de poder acalentados a tanto tempo. Afinal, desde 1985, com o primeiro encontro de Fidel Castro com os bispos cubanos (depois da revolução de 1959), que o projeto bolivariano começou a ser gestado concretamente para fazer da integração da América Latina o novo bloco regional socialista, sonhado tanto por Fidel Castro. Mas o próprio Fidel sabia que isso só seria possível instrumentalizando a Igreja, inoculando em seu seio, de modo sutil e sofisticado, a subversão da doutrina, com a ideologização da fé. Feito isso, usaria a estrutura física da instituição para dar suporte à nova utopia do bolivarianismo, sem que os católicos se dessem conta do processo, lento e gradual, de corrosão da sã doutrina, pelos agentes da revolução, que conseguiram alcançar, com astúcia, os altos escalões eclesiásticos. Desde o início, o Brasil foi visto como a galinha dos ovos de ouro, pois é um país continental, cujos recursos em muito ajudariam não só Cuba, mas toda a “Pátria Grande” socialista. Mas para fazer a revolução, por dentro, seria preciso contar com a “teologia da libertação”.Mesmo barrada por Ratzinger [especialmente Boff, em 1984], Fidel não desistiu. Ele sabia que ela seria o “fermento na massa” da revolução dentro da Igreja. Mas o próprio Andreas Englisch conta em seu livro sobre Bento XVI, de que não havia chegado a hora da “grande revolução”. E o mesmo Englisch narra o quanto Ratzinger foi boicotado, desde o início. Ele próprio reconheceu em seu livro: “Existe, definitivamente, um grupo anti-Ratzinger dentro do Vaticano”.
O fato é que Ratzinger havia condenado a teologia da libertação, mas Fidel Castro, no ano seguinte à condenação de Boff, explicou pessoalmente a Pedro Casaldáliga:”A teologia da libertação é mais importante que o marxismo para a revolução latino-americana”. “A democracia como método revolucionário” Ao apoiar explicitamente a reforma política que favorerece o projeto totalitário do PT no Brasil, com a constituinte exclusiva, a CNBB endossa assim o afã da esquerda política pela “radicalização da democracia”, que Dilma Roussef inclusive já quis impor com o Decreto 8243, rechaçado pela Câmara dos Deputados. Bolivarianismo este, que significa a implantação do socialismo, a exemplo do que já aconteceu na Venezuela e na Bolívia, etc.
No Brasil, as Campanhas da Fraternidade são parte desta estratégia de doutrinação ideológica marxista e revolucionária, que há anos vem instrumentalizando setores da Igreja (via CNBB, Pastoral da Juventude, e outras pastorais e movimentos), ampliando assim a infiltração esquerdista no seio da Igreja, cujas bandeiras ideológicas e políticas de premissas socialistas contradizem com a sã doutrina moral e social da Igreja. O caso da Venezuela foi bem explicado no programa Força, Foco e Fé [http://forodesaopaulo.org/discurso-do-vice-presidente-da-bolivia-alvaro-….
Nos 24 anos de existência do Foro de São Paulo, Linera conta que o sucesso para instalar governos progressistas e revolucionários na América Latina foi justamente aceitar a democracia como etapa prévia para um processo que deságüe na acalentada revolução socialista, cujos insurgentes latino-americanos, há décadas vem atuando de modo organizado, e sistematicamente nesse sentido. Linera ressalta aos participantes do XX encontro do Foro de São Paulo, que é preciso entender “a democracia como método revolucionário”, e para isso, é preciso “radicalizar a democracia” [é o que propõe a CNBB no documento 91, de 2010, “Por uma Reforma do Estado com Participação Democrática”, chegando à chamada “democracia direta e participativa”, pois só assim será possível o contexto anárquico favorável à revolução socialista, com o método indicado por Linera. Por isso, a reforma política que querem tais grupos (principalmente o PT), no Brasil (apoiada na CF-2015), é a que Dilma Roussef acenou com o Decreto 8243/2014 com a chamada Política Nacional de Participação Social. Mas não foi possível viabilizar tal iniciativa nas instâncias decisórias do Legislativo brasileiro, daí que as ONGs, as entidades, os movimentos, as redes e os coletivos, junto com a CNBB, OAB e outros, defendem a reforma política bolivariana, de modo plebiscitário, com constituinte exclusiva, para efetivar assim as condições políticas para a concretização da integração latino-americana, com Cuba comunista no comando, da “Pátria Grande” socialista. E tudo isso com as bênçãos da CNBB. O fato é que a Igreja Católica está em perigo, e perigo muito grande, com inimigos tão ardilosos, agindo por dentro, e com tão grande poder.
Também veja: A VIA NON SACRA DA CNBB
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